terça-feira, 30 de outubro de 2012

PREGUIÇOSOS TÊM EXCESSO DE DOPAMINA NO CÉREBRO


Concentração do neurotransmissor na ínsula anterior pode estar relacionada com a falta de vontade. As substâncias produzidas pelo cérebro têm grande influência sobre nosso comportamento. A ciência já sabe, por exemplo, que o excesso do neurotransmissor dopamina desencadeia euforia e motivação. Drogas como a cocaína e o crack, por exemplo, estimulam a liberação desse componente químico. Agora, neurocientistas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, descobriram que o cérebro de pessoas desmotivadas também pode ter grandes quantidades desse neurotransmissor – só que no lugar “errado”, isto é, na ínsula anterior.
A equipe conduzida pelo neurocientista David Zald solicitou que voluntários divididos em dois grupos tentassem resolver uma tarefa monótona que aumentava em grau de dificuldade – e que seria recompensada em dinheiro caso se saíssem bem – enquanto seu cérebro era escaneado por meio de tomogra
fia por emissão de pósitrons (PET). Como os pesquisadores esperavam, houve resposta maior de dopamina em determinadas partes do sistema de recompensa das pessoas aparentemente mais empenhadas no exercício. Mas, surpreendentemente, o aumento da atividade do neurotransmissor também foi verificado no caso dos voluntários menos engajados, mas em outra parte do cérebro: a ínsula anterior, região envolvida no processamento de estados físicos e emocionais e no comportamento de dependência.
Os pesquisadores consideram que a concentração de dopamina nessa área pode estar relacionada com a falta de vontade. Entretanto, Zald esclarece que o teste é um procedimento muito simples para avaliar a motivação dos participantes – até porque a recompensa em dinheiro pode não instigar a todos. “O que não quer dizer que o empenho dos participantes não forneça pistas de como se comportam em outras situações que exigem motivação”, diz o neurocientista.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MANIAS DO TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR


O transtorno bipolar não é novo. Ele vem sendo identificado há muito tempo, em diversas épocas às vezes com distintas denominações. Tanto na fase de mania quanto na de depressão, o seu diagnóstico pode ser confundido com o de outras doenças.
O trantorno bipolar do humor é uma doença crônica e recorrente, associada a altos custos econômicos e sociais, incluin
do perda de produtividade, piora de qualidade de vida e suicídio. Anteriormente, o transtorno bipolar era considerado como doença de bom prognóstico, com boa recuperação entre os episódios. No entanto, cada vez mais tem sido observado que esses indivíduos sofrem de disfunções social, marital, ocupacional e cognitiva, mesmo quando se encontram, supostamente, recuperados.
Esta patologia usualmente se inicia entre os 20 e 30 anos de idade, mas cada vez mais se reconhecem casos em adolescentes e crianças, situação na qual o diagnóstico pode não ser fácil para o psiquiatra especialista na infância e adolescência. A doença pode começar por um episódio de depressão ou de mania. Na mulher, o sintoma inicial mais comum é um episódio de depressão; já os homens iniciam a doença, em geral, com episódio de mania.

DENOMINAÇÕES E TIPOS
O transtorno bipolar não é novo. Ele vem sendo identificado há muito tempo, em diversas épocas, às vezes com distintas denominações, como: Areteus da Capadócia (150 AC): Melancolia, Mania; Falret & Baillarger (1854): Loucura Circular; Griesinger (1867): Transtorno Mental Unitário; Kahlbaum (1882): Ciclotimia; Kraepelin (1899): Psicose Maníaco- Depressiva. Pode ser dividido em tipo I e tipo II, conforme os sistemas de classificação mais aceitos como os da Classificação Internacional de Doenças, atualmente na sua décima edição (CID-10), elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e classificação diagnóstica e estatística dos transtornos mentais e do comportamento da Associação Americana de Psiquiatria, atualmente na sua quarta edição revisada (DSM-IV-TR).
No tipo I, mais grave, são observados episódios de mania alternados com episódios depressivos e também períodos de relativa normalidade, denominados de eutimia. As fases maníacas ou os estados mistos (estados em que ocorrem sintomas de mania e depressão concomitantemente) não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem tampouco as depressivas por maníacas. Muitas vezes um indivíduo que teve o episódio anterior de mania pode vir a apresentar um novo episódio maníaco, e o mesmo é válido para depressão.
Em geral, os indivíduos com a sequência depressão- mania tendem a ser mais difíceis de tratar e podem particularmente responder mal ao Lítio, padrão-ouro no tratamento da enfermidade bipo- lar. Há casos de pacientes que terão em suas vidas mais episódios maníacos do que depressivos; alguns outros irão relatar um ou dois episódios de mania e inúmeras fases depressivas.
O transtorno bipolar é uma condição recorrente. Aproximadamente 90% dos indivíduos que apresentam um episódio maníaco terão uma recorrência nos próximos anos. O diagnóstico costuma demorar de 8 a 10 anos para ser feito. No transtorno bipolar tipo I, podem ocorrer sintomas como delírios e alucinações, tanto na fase de mania quanto na de depressão, podendo o diagnóstico ser confundido com o de outras doenças, como esquizofrenia. Se um indivíduo apresenta quatro ou mais episódios da doença em um ano ele é considerado um ciclador rápido.

DIAGNÓSTICO DIFÍCIL
No transtorno bipolar tipo II, ocorrem episódios depressivos e hipomaníacos, em geral de duração mais curta e menos frequentes do que as fases depressivas. Muitas vezes, o diagnóstico é difícil, podendo demorar cerca de 13 anos. A hipomania assemelha-se à mania, contudo é um quadro com menor intensidade sintomatológica. Muitos indivíduos com transtorno bipolar tipo II passam anos com um tratamento inadequado, utilizando antidepressivos (o que piora o curso da doença), ao invés de estabilizadores do humor.
Na hipomania, ocorrem hiper-reatividade, tagarelice, diminuição da necessidade de sono, aumento da sociabilidade, atividade física, iniciativa, atividades prazerosas, libido/sexo, e impaciência. Por definição, a hipomania não se apresenta com sintomas psicóticos, não requer hospitalização e o prejuízo ao paciente não é tão grande quanto na mania.
A demora no diagnóstico do transtorno bipolar pode se dever a dificuldades de identificação dos episódios hipomaníacos (esse episódios podem ser tão breves com duração de 4 dias, por exemplo). O paciente, assim como seus familiares e amigos, podem considerar esses períodos de “maior extroversão” como normais e até desejáveis. Contudo, o não tratamento desses indivíduos pode, com o tempo, levar a prejuízos emocionais, morais e materiais para eles próprios e seus familiares.
A mania, por ser uma condição mais grave do que a hipomania, requer tratamento vigoroso, que deve ser realizado em local seguro, no qual o paciente não tenha estímulos excessivos. O objetivo principal, aqui, é o da resolução dos sintomas da forma mais rápida e segura possível. Os antipsicóticos podem acelerar a respostcelera respo a terapêutica na mania, quando associados a um estabilizador de humor. O uso de antipsicóticos atípicos (ou antipsicóticos de nova geração) tem sido, em geral, preferido.
Importância especial deve se dar ao reconhecimento dos estados mistos. Episódios mistos são encontrados em 30% a 40% dos indivíduos com transtorno bipolar. Os indivíduos em estado misto apresentam-se com maiores níveis de ansiedade, taxas aumentadas de psicose e suicídio e pior prognóstico.

O que é preciso saber
Um livro para qualquer pessoa que precisa se aprofundar sobre o assunto transtorno bipolar, escrito em uma linguagem mais acessível, não rebuscada por termos acadêmicos, dividido e organizado de modo a facilitar a vida do leitor para encontrar o que deseja. A obra Transtorno Bipolar – O que é preciso saber (editora M. Books) traz relatos como exemplos, ensina a reconhecer os primeiros sinais de mania ou depressão (as variáveis dentro da bipolaridade), orienta sobre contatar o médico para encontrar a medicação e a terapia adequada, entre outras necessidades vitais. Em suas mais de duzentas e cinquenta páginas, o livro mostra como distinguir os primeiros sinais de oscilação do humor bipolar, dos altos e baixos, as medicações disponíveis e quais são seus efeitos colaterais, o que fazer quando se sentir em estado de depressão – ou mania -, entre outras informações para quem viva com a patologia ou conhece alguém que apresente esse quadro.
Quando é recomendado hospitalizar o paciente
O tratamento do transtorno bipolar, de modo geral, depende da fase do episódio (ex: depressão, mania, estados mistos) e da sua gravidade. Sempre envolve o uso de medicamentos. Decidir em que local será o tratamento e sobre a necessidade de hospitalização são os passos iniciais.
O paciente em mania aguda deve ser hospitalizado se representar:
Perigo para si próprio: o indivíduo com episódio de mania aguda pode entrar em estado de exaustão, em função do descuido com sono e alimentação.
Perigo para outras pessoas: principalmente os indivíduos com sintomas psicóticos podem representar perigo para a integridade física de outros.
Total descontrole sobre seus atos: seu comportamento pode ser danoso para sua vida pessoal e profissional.
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por: Eduardo Pondé de Sena é psiquiatra e professor adjuntodoutor de Farmacologia e Terapêutica do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também atua como docente da pós-graduação.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BORDELINE: UM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NO LIMITE DAS EMOÇÕES

Todos nós apresentamos momentos de explosões de raiva, tristeza, impulsividade, teimosia, instabilidade de humor, ciúmes intensos, apego afetivo, desespero, descontrole emocional, medo de rejeição, insatisfação pessoal. E, quase sempre, isso gera transtornos e prejuízos para nós mesmos e/ou para as pessoas ao nosso redor. Porém, quando esses comportamentos se apresentam de forma frequente, intensa e persistente, eles acabam por produzir um padrão existencial marcado por dificuldades de adaptação do indivíduo ao seu ambiente social. Quando isso ocorre, podemos estar diante do transtorno da personalidade borderline. Os borders apresentam hiperatividade emocional, ou seja, é muito sentimento e muita emoção sempre. E costumam lidar muito mal com qualquer tipo de adversidade, especialmente as que envolvem rejeição, desaprovação e/ou abandono. Quando se deparam com uma situação dessas, desencadeiam uma reação de estresse muito mais intensa e abrangente do que o esperado. E chama-se borderline por isso, porque vivem no limite das emoções.

É o transtorno do amor?

É o transtorno dos afetos. Porque o amor deve ser funcional, positivo. O que o border tem é um afeto disfuncional.

Existe uma personalidade borderline e um transtorno de personalidade borderline? Como é isso? Qual a linha divisória?

A personalidade é o jeitão de cada um. É a parte biológica somada ao que aprendemos, à cultura. A junção dessas duas partes vai gerar uma série de comportamentos recorrentes, que caracterizam a personalidade de cada um. A personalidade borderline é marcada pela dificuldade nas relações interpessoais, pela baixa autoestima, instabilidade reativa do humor e impulsividade. Quando essas características se apresentam de forma muito disfuncional, nós a chamamos de transtorno.
Tipos diferentes de personalidades, mesmo com traços aparentemente negativos, podem ser requisitos para determinadas atividades, não? Quer dizer, não é qualquer tipo de pessoa que pode ser, por exemplo, um médico voluntário, trabalhando em meio à fome na África ou ajudando sobreviventes do terremoto no Haiti.
Só é transtorno quando apresenta problemas sérios para a pessoa, quando é tão disfuncional que a pessoa deixa de ser produtiva. Tirando isso, a personalidade border, ou, como dizemos, o traço border, pode ser muito interessante, se a pessoa não tem ataques de fúria, dependência. Grandes causas sociais, como você mencionou, demandam pessoas com grande capacidade de sentir empatia, com grande sensibilidade e que precisam de um alto grau de aceitação. Uma outra característica comum nessas pessoas é a fluidez na autopercepção. Por isso, pessoas com traço border dão grandes atores. Quando tratamos alguém com o transtorno, temos que ter em mente que, antes de mais nada, essa é uma maneira de ser, uma base estabelecida que não muda. O que buscamos no tratamento é transformar o transtorno em traço: ou seja, a pessoa vai continuar a ser sensível, emotiva, mas ela não vai capotar naquilo, vai canalizar para coisas produtivas.

O quanto do transtorno é biológico e o quanto é fruto do meio? No livro, a maior parte das pessoas com o transtorno teve vidas muito duras, marcadas por abuso sexual, agressão física, abandono. Como se pode dizer que isso é biológico?

Sabemos é que 50% são biológicos e 50% estão relacionados à criação, ao meio, à cultura. Quando a pessoa tem a biologia, mas vive num meio normal, o transtorno vai se apresentar de uma forma muito mais branda ou como traço. A estrutura genética não muda, mas é possível moldar a forma como se apresenta.

Como é a vida de quem tem o transtorno?

A pessoa tem uma dificuldade muito grande nos relacionamentos. Ela tem a autoestima destruída. Se vê muito pior do que é, de maneira depreciativa, e acha que a solução está no outro; é na dependência afetiva do outro que ela busca segurança e legitimidade. E é muito impulsiva. Mas essa impulsividade se manifesta de uma forma muito específica: ela está relacionada a explosões de raiva e ira. O border, como dizemos, é aquela pessoa que, literalmente, fica cega de raiva. Todo mundo que já viveu uma paixão alucinada sabe como é ser border: esse é o jeito border de ser. O estado da paixão, de acordo com a ciência, dura de dois meses a dois anos justamente porque, se durar mais, ninguém aguenta. Mas o border vive assim.

Trata-se de um transtorno que acomete muito mais mulheres do que homens. A neurociência explica por quê?

Sabemos que 75% dos pacientes são mulheres. Não sabemos exatamente por quê, mas não chega a ser uma grande surpresa se pensarmos que o transtorno está relacionado a uma hiperatividade do sistema límbico, que é o nosso verdadeiro coração, a região do cérebro que regula as emoções. No border, o sistema funciona demais, no extremo das emoções. Nos momentos de maior impulsividade, é como se houvesse uma pane total no sistema, um curto-circuito. Como a questão das emoções já é naturalmente mais marcada para as mulheres, é de se esperar que elas sejam a maior parte dos pacientes. Por outro lado, os homens, com cérebros mais racionais, são a maioria dos que sofrem de transtorno de psicopatia — em que o sistema límbico não funciona ou funciona muito pouco, o que os torna incapazes de ter empatia, de se sensibilizar com o sofrimento dos outros.

A adolescência é uma época em que as emoções já são muito mais intensas. Como é o transtorno nessa fase da vida?

O transtorno surge pela primeira vez nessa fase que é, em geral, quando ocorre o primeiro rompimento ou afeto não correspondido. Essa rejeição desencadeia o curto-circuito. A adolescência é a época das paixões, da impulsividade, da sexualidade, do comportamento de risco. Tudo isso faz parte, o adolescente tem que arriscar para aprender. É uma erupção emocional. No border, no entanto, é uma hemorragia. A automutilação é um comportamento recorrente. E se você perguntar por que ele fez aquilo, vai dizer que é para aliviar a angústia, o vazio.

E alivia mesmo? Por quê?

Sim. Ele se sente muito melhor porque deixa de sentir angústia. Quando há uma ameaça física ao corpo, o sistema de defesa e estresse é acionado. A substância liberada para tamponar a agressão é a endorfina, que é um anestésico. Por isso, um tratamento ótimo é a atividade física intensa, que libera endorfina.

A Carminha, de Avenida Brasil, é border?

Totalmente. Basta ver aquelas explosões de fúria, de ódio, sua instabilidade emocional. E, ao mesmo tempo, o grande pavor que tem da rejeição. Aquela família é seu alicerce, ela jamais se separaria, embora diga o contrário.

Existe tratamento?

É possível diminuir a hiperatividade do sistema límbico com medicações específicas em doses específicas — muitas vezes mínimas. Com isso, você reduz muito os ataques de fúria, os atos destrutivos, as agressões; baixa a bola do sistema mesmo. Mas, paralelamente, é preciso terapia, uma terapia muito específica, mais direcionada para o presente do que para o passado, que vai treinar a pessoa a viver com menos intensidade, a sangrar menos. A não morrer de hemorragia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PESQUISA RELACIONA DOENÇAS MENTAIS A CRIATIVIDADE

Estudo com mais de 1,2 milhão de pessoas mostrou, por exemplo, que escritores são mais propensos a apresentar esquizofrenia. Pela primeira vez, um extenso estudo científico afirmou existir um forte vínculo entre a loucura e a expressão artística: segundo a pesquisa, pessoas muito criativas são mais propensas a manifestar doenças como a esquizofrenia ou o transtorno bipolar. As conclusões foram publicadas nesta semana no periódico Journal of Psychiatric Research.
Ao todo, os pesquisadores analisaram os dados de 1,2 milhão de suecos e de seus familiares (até os primos de segundo grau). Eles então, desenvolveram a pesquisa para saber se existe uma relação entre diagnósticos psiquiátricos — como esquizofrenia, depressão, transtorno de ansiedade, alcoolismo, dependência química, autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), anorexia e suicídio — e uma maior criatividade.


Relações — A pesquisa encontrou uma relação especialmente forte entre a profissão de escritor e a esquizofrenia, mas também mostrou que existe uma associação entre essa ocupação e a maioria dos diagnósticos psiquiátricos. Escritores ainda se mostraram 50% mais propensos a cometer suicídio do que a população em geral.

Além disso, o transtorno bipolar foi mais prevalente em pessoas cujas profissões estão ligadas à arte ou à ciência, como pesquisador, dançarino e pintor, do que no restante dos indivíduos. Ter algum familiar com esquizofrenia, transtorno bipolar, anorexia ou autismo também elevou a probabilidade de uma pessoa optar por uma profissão associada à criatividade e à expressão artística.

Para Simon Kyaga, coordenador do estudo, esses dados sugerem que muitos aspectos dos transtornos mentais devem ser reconsiderados. "Na psiquiatria e em toda a medicina em geral, há uma tradição de enxergar uma doença como se fosse algo 'preto no branco', acreditando que é preciso tirar do paciente tudo aquilo que está relacionado à condição", diz. "Se nós levarmos em conta que certos fatores associados à doença de um paciente são benéficos, podemos fazer com que novas abordagens de tratamento sejam abertas. Nesse caso, médico e paciente chegariam a um acordo sobre o que deve ser tratado e qual será a consequência disso." 

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CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Mental illness, suicide and creativity: 40-Year prospective total population study
Onde foi divulgada: periódico Journal of Psychiatric Research
Quem fez: Simon Kyaga, Mikael Landén, Marcus Boman, Christina Hultman, Niklas Långström e Paul Lichtenstein
Instituição: Instituto Karolisnka, Suécia
Dados de amostragem: 1,2 milhão de pessoas e seus familiares (até os primos de segundo grau)
Resultado: Há uma relação entre transtornos psiquiátricos e profissões ligadas à criatividade. Escritores, por exemplo, são mais propensos a apresentarem esquizofrenia e outros transtornos mentais, além de se suicidarem

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A DOR FÍSICA E O RESSENTIMENTO: UMA CONEXÃO SURPREENDENTE

MATÉRIA DO WORKSHOP "QUANDO A MENTE CAUSA DOR"

Muitas vezes não percebemos que mágoa e ressentimento podem trazer dores e outros problemas para nosso corpo e mente.
Frequentemente encontro pessoas dizendo ter fibromialgia, e com clareza pode-se ver que existe uma sombra de depressão na vida da pessoa, ou ela se acostumou a, como a água, se encaixar nas necessidades e desejos de outras pessoas.
Acabamos, sem perceber, agredindo nosso corpo, que passa a nos enviar mensagens de que algo tem de ser feito para eliminar o problema ou agressão. Ou seja, o que teve início no mundo mental passa a se manifestar no mundo físico, pois foi ignorado e a dor talvez seja a única maneira que nosso corpo tem de nos mostrar que algo está errado.
Pessoas com pânico costumam apresentar dores pelo corpo, a tensão emocional é tão grande que eu mesma sentia como se fosse uma boneca de madeira, portanto, não há como negar que a mente causa dor!
No entanto, o ressentimento pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Você pode pensar que não guarda ressentimento, mas se sofre de qualquer dor ou outros sintomas que não desaparecem, ou você se sente preso em situações ou relacionamentos, não conseguindo ir em frente com sua vida, pode ser que esteja carregando emoções mal resolvidas mantidas vivas pelo ressentimento.






segunda-feira, 15 de outubro de 2012

11 MANEIRAS DE DAR MAIS SENTIDO A SUA VIDA


Pequenas atitudes podem tornar sua vida mais completa, equilibrada e cheia de significado.

1. Muito prazer
Já reparou como passamos a vida correndo de um ponto a outro, quase sem conseguir observar o que se passa à nossa volta? Bem, está na hora de mudar o jogo. Pelo menos de vez em quando, experimente deixar de lado o carro ou o metrô para caminhar até o local de uma reunião, por exemplo. Assim, terá a chance de admirar uma bonita vitrine ou virar o pescoço para olhar um gato sarado. Viu um café na esquina? Reduza o passo e sinta o gostoso aroma da bebida. E, se tiver algum minuto, saboreie um cappuccino. Partir para a ação irá ajudá-la a aproveitar melhor a vida e seus pequenos prazeres.

2. Memórias que valem o dia
Há quanto tempo não abre seus álbuns de fotos? Reviver bons momentos é uma experiência cheia de significado. O escritor Tal Ben Shahar, autor do livro "Happier" (Mais feliz), sugere: ao fitar uma cena em que aparece sorrindo, pergunte a si mesma o que a deixou tão contente. Um encontro com amigos ou parentes? O belo cenário? Em seguida, imagine o que pode fazer para repetir o mesmo sentimento ou situação futuramente e mãos à obra! 

3. Som para a paz
A música pode nos transportar para outro lugar. Bárbara Holstein, autora do livro "The Truth" (A verdade), orienta carregar o Mp3 com algumas das canções que você mais gostava de ouvir no ano anterior, ou até nos últimos cinco. Relaxe enquanto curte o som, dança e é levada para aquela época. Ficará mais fácil recordar como se sentia e o que mudou. Na certa, verá que todas as experiências foram importantes para amadurecê-la e podem ajudá-la, no presente, a ter uma vida mais plena. 

4. Mudanças no ritual
É difícil se sentir sincronizada consigo mesma quando você cai da cama toda manhã, pula para o chuveiro e corre para o trabalho. Bem, a partir de agora, programe o relógio para despertá-la 15 minutos mais cedo. Aproveite esse tempo para caminhar pelo bairro ou ler um pouco. "Acordar e fazer uma atividade diferente e divertida dará um novo ânimo a seu dia inteirinho", diz Kathleen Hall, autora do livro "A Life in Balance" (Uma vida em equilíbrio). 

5. Orçamento camarada
Cancelou um jantar com as amigas só porque está no vermelho? Pois não deixe que suas finanças a mantenham distante de quem gosta. Planeje encontrá-las num parque ou num museu. Afinal, seu objetivo é se divertir com as garotas, não se tornar crítica de gastronomia. 

6. De perto é melhor
Interagir ao vivo é mais rico do que manter apenas contato eletrônico. Então, sempre que der, encontre seus amigos pessoalmente em vez de telefonar ou enviar mensagem por e-mail. O papo cara a cara tem maior intensidade e você absorve mais informação. 

7. Dia de garotas
Para turbinar a intimidade, da próxima vez que marcar encontro com uma amiga ou prima, esqueça os lugares noturnos e barulhentos onde não dá para conversar. Que tal um salão de beleza? Enquanto fazem as unhas, por exemplo, vocês terão pelo menos meia hora de papo na maior descontração. Conseguiu ainda mais espaço na agenda? Saia com ela do cabeleireiro direto para uma doceria, sem se preocupar tanto com as calorias. Apenas curta o doce momento ao lado de quem ama e guarde-o na memória. 

8. Namoro blindado
É natural que os casais passem por períodos em que a conversa não flui intensamente. Para retomar essa troca, lembre-se de alguns temas agradáveis aos dois. Além disso, em vez de lotar a caixa postal dele com e-mails, deixe para contar os detalhes da semana quando estiverem juntos. Vale ainda demonstrar interesse pelo que se passa no dia a dia de seu amor. 

9. Xô, solidão
Dá para criar um vínculo com os amigos e parentes mesmo estando longe deles. Basta usar bem o telefone. Em vez de reclamar que está com saudade, procure falar sobre o que pretende fazer quando estiverem juntos. Crie expectativas positivas sobre vocês! 

10. Voluntária
Você não precisa entrar hoje para o Exército de Salvação, mas pode ser bom participar de uma ONG que ajude a salvar o planeta ou crianças sem lar. A sensação de ajudar a tornar o mundo melhor preenche sua existência e funciona como um antídoto contra a falta de confiança e o medo de correr atrás de coisas novas. 

11. Toda ouvidos
· Quer que seus amigos confiem a ponto de se abrirem com você? Então, prefira comentar assuntos leves em vez de problemas íntimos no bar ou diante de terceiros. Assim, mostra que sabe respeitar os sentimentos deles.
· Se algumas vezes certas palavras forem ditas com raiva, não as considere assim. Você pode chegar a conclusões precipitadas por não continuar agindo como se elas fossem proferidas de maneira calma.
· Para preencher sua necessidade de dar e receber atenção, escolher um ambiente acolhedor para conversar faz a diferença. Mesmo assim, vale perguntar, sorrindo: "Você se sente à vontade aqui ou deseja ir a outro lugar?"

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

NOTÍCIAS NEGATIVAS AFETAM MAIS AS MULHERES DO QUE OS HOMENS

Um estudo realizado pela “University of Montreal” concluiu que notícias ruins aumentam a sensibilidade das mulheres, mas não causam o mesmo efeito sobre os homens.

Para a pesquisa, 60 participantes se dividiram em quatro grupos para ler notícias publicadas, com o objetivo de determinar os níveis de estresse. Os grupos foram divididos entre participantes do sexo masculino e feminino, que se subdividiram em dois grupos, notícias neutras e histórias negativas, como assassinatos e acidentes.

Os estudiosos coletaram, então, amostras de saliva dessas pessoas e analisaram um hormônio chamado cortisol. Quanto maior a quantidade dessa substância, maior o nível de estresse.

— Quando o nosso cérebro percebe uma situação ameaçadora, nosso corpo começa a produzir hormônios de estresse, que entram no cérebro e podem modular as memórias de eventos estressantes ou negativos — explicou Sonia Lupien, diretora do “Centre for Studies on Human Stress” e professora do Departamento de Psiquiatria da universidade.

Além de apresentarem níveis mais elevados de cortisol durante o estudo, as mulheres também tiveram uma clara lembrança das informações lidas, diferentemente do que aconteceu com os homens.

Os pesquisadores acreditam que fatores evolutivos podem influenciar nos resultados. Segundo eles, as mulheres podem ter desenvolvido esse mecanismo para proteger a sobrevivência da prole. A teoria demonstra que, por causa da evolução do sistema de estresse feminino, as mulheres a são mais compreensivas.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia Mundial da Saúde Mental

Melhor dia não podia existir para inaugurar meu blog com o Dia Mundial da Saúde Mental.
O cérebro e a mente são entidades muito poderosas e, evidências científicas estão agora sustentando a ideia de que aquilo que você pensa e sente tem grande influência sobre a sua saúde ou doença. Portanto, saiba cuidar bem de sua saúde física e mental para que você se mantenha como um indivíduo feliz, íntegro e produtivo.
De acordo com a Dra. Silvia Helena Cardoso, já é admitido que alterações mentais como o stress, depressão, medo, ansiedade, raiva, etc., podem provocar vários problemas orgânicos, como úlceras gástricas e intestinais, doenças da pele, diabete e até câncer. Estas são as chamadas doenças psicossomáticas (do termo psique=mente e soma=corpo), ou seja, distúrbios físicos causados por transtornos psicológicos e sociais. Um número altíssimo destas doenças, aproximadamente 50%, acometem a humanidade.Dicas para cuidar de sua saúde mental:
  • Fale sobre os seus sentimentos;
  • Mantenha-se ativo;
  • Coma bem;
  • Se beber, faça moderadamente;
  • Se precisar, peça ajuda;
  • Faça uma pausa, tirando um tempo só para você;
  • Valorize o que você mas tem de bom;
  • Aceite-se da forma que você é;
  • Dedique-se em ajudar os outros que mais precisam de ajuda;